sábado, 28 de junho de 2008

O Papa e os jovens

Durante os dias 13 a 21 deste mês, o Papa estará em Sidney, Austrália, para a celebração da XXIII Jornada Mundial da Juventude. Será o segundo encontro direto, digamos assim, do Papa com os jovens. O primeiro foi em Colônia, Alemanha, em 2005. Muitos questionaram como seria esse encontro, já que o novo Papa não tinha o carisma e o encanto de João Paulo II e já pregavam um certo “fracasso”. Não foi o que ocorreu: mais de 1 milhão de pessoas foram ao encontro do Papa e uma das imagens mais marcantes daquela JMJ foi a dos jovens entrando no rio para saudar o Papa que passava num barco saudando a todos.

À sua maneira, já que ninguém é igual a ninguém, o Papa Ratzinger também conquistou os jovens. Sempre que pode lhes dirige uma mensagem; seja durante um discurso ou homilia mais geral, seja falando diretamente a eles nas suas viagens apostólicas na Itália ou ao redor do mundo (assim foi na Polônia em 2006, no Brasil em 2007 e este ano nos EUA). O fato é que Bento XVI preocupa-se em falar aos jovens, e sempre tem algo a lhes dizer.

Já na Missa de inicio de pontificado, Bento XVI dirigiu-se de modo especial aos jovens: “queridos jovens: não tenhais medo de Cristo! Ele não tira nada, ele dá tudo. Quem se doa por Ele, recebe o cêntuplo.”

Falando aos jovens do Brasil e da América Latina, durante sua visita ao nosso país em 2007, o Papa disse: “A própria juventude é uma riqueza singular. É preciso descobri-la e valorizá-la” (n. 6). E completou: “Vós, jovens, não sois apenas o futuro da Igreja e da humanidade, como uma espécie de fuga do presente. Pelo contrário: vós sois o presente jovem da Igreja e da humanidade. Sois seu rosto jovem. A Igreja precisa de vós, como jovens, para manifestar ao mundo o rosto de Jesus Cristo, que se desenha na comunidade cristã. Sem o rosto jovem a Igreja se apresentaria desfigurada.” (n. 7)

Em maio passado, durante visita pastoral a Savona e Gênova (Itália), o Papa fez um belíssimo discurso aos jovens no qual, mais uma vez, demonstra pleno conhecimento da juventude, com seus anseios e incertezas:

“(...) por que é belo ser jovem? Por que o sonho perene da juventude? Parece-me que há dois elementos determinantes. A juventude ainda tem todo o futuro diante de si, tudo é futuro, tempo de esperança. O futuro é cheio de promessas. Para ser sinceros, devemos dizer que para muitos o futuro também é obscuro, cheio de ameaças. E face a estas ameaças, o futuro ainda pode parecer como um grande vazio. Por isso é importante escolher as promessas verdadeiras, que abrem ao futuro, também com renúncias. E a primeira opção fundamental deve ser Deus, Deus que se revelou no Filho, Jesus Cristo, e na luz desta opção, que nos oferece ao mesmo tempo uma companhia no caminho, uma companhia de confiança que nunca nos deixa, na luz desta opção encontram-se os critérios para as outras escolhas necessárias.”

Bento XVI conhece os jovens e sempre tem uma mensagem de fé e esperança para eles. Fé e esperança não nas coisas deste mundo, mas arraigada em Jesus Cristo, que tem “palavras de vida eterna” (cf. Jo 6,68).

B.M.

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