Antes de abençoá-los com o Santíssimo Sacramento, ao terminar a Missa, o Papa falou com os doentes presentes "e com os que nos seguem pelo rádio e a televisão", ou "através da oração". "Queridos doentes, acolhei este chamamento de Jesus que vai passar junto de vós no Santíssimo Sacramento e confiai-Lhe todas as contrariedades e penas que enfrentais para se tornarem - segundo os seus desígnios - meio de redenção para o mundo inteiro."
"Meu irmão e minha irmã, tens para Deus um valor tão grande que Ele mesmo Se fez homem para poder padecer com o homem, de modo muito real, na carne e no sangue, como nos é demonstrado na narração da Paixão de Jesus", afirmou emocionadamente o Pontífice.
Por isso há, adicionou, "em todo o sofrimento humano, Alguém que partilha o sofrimento e a sua suportação; a partir de então se propaga em todo o sofrimento a consolação do amor solidário de Deus, surgindo assim a estrela da esperança (Bento XVI, Enc. Spe salvi, 39) se aparece deste modo".
"Com esta esperança no coração, poderás sair das areias movediças da doença e da morte e pôr-te de pé sobre a rocha firme do amor divino. Por outras palavras: poderás superar a sensação de inutilidade do sofrimento que desgasta a pessoa dentro de si mesma e a faz sentir-se um peso para os outros, quando na verdade o sofrimento, vivido com Jesus, serve para a salvação dos irmãos." Isto é possível, o Papa afirmou, porque "fontes da força divina jorram precisamente no meio da fragilidade humana".
Jesus, o Papa explicou, diz a cada pessoa doente: "Vem comigo. Toma parte com o teu sofrimento nesta obra de salvação do mundo, que se realiza por meio do meu sofrimento, por meio da minha Cruz. À medida que abraçares a tua cruz, unindo-te espiritualmente à minha Cruz, desvendar-se-á a teus olhos o sentido salvífico do sofrimento. Encontrarás no sofrimento a paz interior e até mesmo a alegria espiritual".
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