segunda-feira, 24 de maio de 2010

Papa invoca renovada efusão do Espírito Santo para toda a Igreja

Hoje durante a oração do Regina Caeli
Cidade do Vaticano, domingo 23 de maio de 2010 (ZENIT.org).

Bento XVI encorajou hoje a invocar uma renovada efusão do Espírito Santo para toda a Igreja, de forma que a mensagem de salvação seja anunciada a todos. Após presidir a Missa da solenidade de Pentecostes na Basílica Vaticana, o Papa saiu à sacada de sua sala do Palácio Apostólico Vaticano para rezar o Regina Caeli com milhares de fiéis reunidos na Praça de São Pedro.

Depois de recordar a descida do Espírito Santo sobre os apóstolos reunidos no Cenáculo junto à Virgem, afirmou que "nesta festa de Pentecostes, nós também queremos estar espiritualmente unidos à Mãe de Cristo e da Igreja invocando com fé uma renovada efusão do divino Paráclito". "Nós a invocamos para toda a Igreja, em particular, neste Ano Sacerdotal, para todos os ministros do Evangelho, para que a mensagem de salvação seja anunciada a todas as pessoas", acrescentou.


Em sua saudação aos peregrinos de idioma espanhol, insistiu dizendo: "Convido-vos a rezar de um modo especial pela Igreja". E pediu orações concretas "para que seus membros, fortalecidos com a graça do Espírito Santo, sintam cada dia mais a alegria de pertencer à grande família dos discípulos de Cristo e, com fé viva, esperança firme e caridade ardente, deem testemunho no mundo do Evangelho da salvação".

O Papa se referiu ao mistério de Pentecostes como a um "verdadeiro batismo da Igreja", recordando aquela "manifestação do poder do Espírito Santo, o qual - como vento e como fogo - desceu sobre os Apóstolos reunidos no Cenáculo e os fez capazes de pregar com coragem o Evangelho para todos povos". E assegurou que a Igreja "vive constantemente da plenitude do Espírito Santo, sem o qual esgotaria suas próprias forças, como um barco à vela para o qual faltara vento".

"Pentecostes se renova de um modo particular em alguns momentos fortes, tanto no âmbito local como no universal, tanto em assembleias pequenas como em grandes convocações", explicou. E mencionou os exemplos dos concílios e o encontro dos movimentos eclesiásticos com João Paulo II na Praça de São Pedro, em 1998.

"Mas a Igreja experimenta inúmeros ‘Pentecostes' que vivificam as comunidades locais", acrescentou. E ofereceu, neste caso, como exemplos, as liturgias "especiais para a vida da comunidade, nas quais a força de Deus é percebida de maneira evidente, preenchendo as almas de alegria e entusiasmo", assim como "tantos congressos de oração, nos quais os jovens percebem claramente o chamado de Deus a sustentar sua vida em seu amor, também se consagrando eternamente n'Ele".

"Não há, portanto, Igreja sem Pentecostes", declarou. E acrescentou: "não há Pentecostes sem a Virgem Maria". "Assim foi no início, no Cenáculo - continuou -, e assim é sempre, em todo o tempo e lugar", assegurou, recordando sua experiência no Santuário de Fátima, durante sua recente viagem a Portugal.

Neste sentido, questionou: "Na realidade, o que viveu aquela imensa multidão, na esplanada do Santuário, onde todos éramos um único coração e uma única alma, não é um renovado Pentecostes?". "Em nosso meio estava Maria, a Mãe de Jesus - respondeu. É esta a típica experiência dos grandes santuários marianos - Lourdes, Guadalupe, Pompeia, Loreto - ou também do menor: lá onde os cristãos se reúnem em oração com Maria, o Senhor dá seu Espírito."

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