sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Abertura da Campanha da Fraternidade 2009

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, Regional Nordeste 2, (CNBB NE2), e a Arquidiocese de Olinda e Recife, lançarão oficialmente, a Campanha da Fraternidade 2009, com o tema: "fraternidade e segurança pública" e com o lema: "a paz é fruto da justiça", a nível Regional e Arquidiocesano, no próximo dia 06, as 8h com uma entrevista coletiva no auditório da CNBB NE2, rua Dom Bosco, 908, Boa – Vista Recife-PE.

Responderão as perguntas da imprensa acerca do tema, o presidente da CNBB NE2 e Arcebispo de Maceió-AL, Dom Antônio Muniz Fernandes, o Arcebispo de Olinda e Recife, Dom José Cardoso Sobrinho, o Bispo de Guarabira-PB e Responsável pelas Campanhas no Regional Nordeste 2 da CNBB - Pernambuco, Alagoas, Paraíba e Rio Grande do Norte -, Dom Francisco de Assis Dantas de Lucena e o Bispo de Palmares-PE e Secretário Geral da CNBB, Dom Genival Saraiva de França.

Na noite do dia 06, às 19h, ocorrerá no auditório da FAFIRE, bairro da Boa–Vista, uma mesa redonda em que serão discutidas as motivações que levaram a CNBB a adotar o tema, segurança pública, como foco da ação pastoral para 2009. Para este momento, estão confirmadas as presenças do Ministro da Justiça, Tarso Genro, de representações do Governo do Estado e Prefeituras, além de representantes de entidades ligadas a defesa dos Direitos Humanos e autoridades religiosas.

Uma grande missa marcará a abertura da Campanha na manhã do dia 07, na Igreja do Carmo e, posteriormente, os fiéis sairão em caminhada pelas ruas do Recife, encerrando a abertura com um show pela paz na praça tortura nunca mais.

Um comentário:

Anônimo disse...

“Bem aventurados os mansos, porque possuirão a terra”.
A violência é uma característica adquirida. Uma característica que poderíamos perder.
A ciência explica que tudo na vida do homem é gravado em sua memória volátil consciente e as informações mais fortes ou repetitivas são armazenadas em uma “região esquecida” da memória chamada de inconsciente. Esses registros reaparecem para análise quando eventualmente se manifestam sob forma de reação involuntária ou disfarçadamente em sonhos e através de atividades inversas conscientes, esses registros são retirados do inconsciente. Mas se em longos períodos, esses registros forem estimulados, desenvolverão alterações nas informações do DNA, se tornando então instintos naturais genéticos. Se os novos instintos adquiridos não estiverem em sintonia com a natureza criadora (Deus), a criatura por seleção natural (vontade divina) será extinta. Dessa forma, imagino que ao longo dos milhares de anos de nossa existência, adquirimos o “impulso à violência”. Como exemplificava o sábio, todos nós temos “dois cães” dentro de nós, um dócil e um violento. O mais forte será o que for alimentado. As orações e as boas ações podem modelar nosso inconsciente, retirando “impulsos violentos” e dando marcha à ré no tempo para em milhares de anos perder essa característica hereditária adquirida, voltando ao princípio criador (amor), de onde saímos.
Não se consegue domesticar um cachorro bravo na hora que ele vem nos morder. Mas se ele for ensinado desde pequeno, não morderá ninguém durante toda sua vida. Mesmo assim, os filhos desse cachorro se não forem ensinados, morderão. Esse é o instinto adquirido deles. Pressuponho que se todos forem ensinados a não morder, em milhares de anos eles nascerão sem o instinto de morder. Poderão até sofrer uma mutação, e nascer sem os dentes caninos que já lhes seriam desnecessários.
Por esse raciocínio é que vejo a Segurança Pública andando na contramão da história. Mais armas, mais policiais, mais presídios, com a ajuda da população “combatendo” os violentos, num sistema repressivo que promove a violência, que gera a violência. O caminho de volta para nossas origens seria outro bem diferente. Mais canetas, mais professores, mais escolas, com a ajuda da polícia “amando” os violentos, num o sistema educativo que promove o amor que gera a paz.
Fraternidade e Segurança Pública, um dos melhores temas da Campanha da Fraternidade. O tema não é complexo, porem difícil. Isso porque não encontraremos a solução na diversidade das leis humanas, e sim na unidade da lei divina. Só não enxerga quem não quer ver. Em 2004, milhões foram investidos na segurança pública no estado do Espírito Santo, coroando os trabalhos com a inauguração do CIODES (Centro Integrado de Operações de Defesa Social), um dos mais sofisticados sistemas de segurança pública do Brasil, com a promessa da redução da violência. Em 2005 aconteceram três grandes campanhas. A campanha Solidariedade e Paz promovida pela igreja católica, “Vitória da Paz”, pela prefeitura de Vitória e “Pacto pela Paz”, pelo Estado. Foram grandes campanhas com muitos eventos. Gastou-se muito dinheiro, em troca de um pouco de paz. E o resultado? Em 2005 o Espírito Santo foi o mais violento do Brasil. Conforme pesquisa do IPEA, entre as 20 cidades mais violentas do Brasil estavam: 1° Serra-ES/3° Cariacica-ES/16° Vila Velha-ES. Com a capital Vitória, 2ª capital mais violenta do Brasil. Semeamos uma “cultura de paz” e colhemos uma “safra de violência”. E pra quem pensa que a violência está ligada à pobreza, análise também: Vitória em 2005 foi a primeira em renda per capita do Brasil, com renda quatro vezes maior que a média brasileira. O mais humilde lavrador sabe que, se plantou laranja e colheu limão, provavelmente usou a semente errada. Paz e amor são emanações divinas. Na campanha Vitória da Paz eu recebi uma cartilha. Nela, li 25 vezes a palavra “VIOLÊNCIA”, uma vez a palavra “AMOR” e nenhuma vez a palavra DEUS.
A política egoísta atual é do “em torno de nós e agora”. É de prender cachorro bravo. Mas violência gera violência e estamos numa progressão sem fim. Veja a lógica: Um tapa numa face (-1). Justiça com outro tapa (-1). Total: (-2). Mas se for oferecida a outra face (+1). Conclusão -1 +1=0 (violência anulada). Nesse maravilhoso exemplo Jesus nos diz que hoje aceitamos um tapa na outra face para que nossos filhos não sofram tapas nenhum amanhã. “Amai vossos inimigos”, é estágio para doutorado no estudo da paz. Não é complexo, é difícil!
museudotelefone@oi.com.br Eugenio Inácio Martini/8134-4222