segunda-feira, 7 de setembro de 2009

Desconectadas cem comunidades sociais pedófilas graças a um sacerdote

Denunciadas por uma associação fundada pelo padre Di Noto
Roma, quinta-feira 3 de setembro de 2009 (ZENIT.org).

Cem comunidades pedófilas, presentes em uma rede social da internet, foram desconectadas e sequestradas pelas autoridades dos Estados Unidos e Itália, graças à atividade e à denúncia de uma associação fundada pelo sacerdote italiano Fortunato Di Noto. Nestas comunidades havia 18.181 pessoas inscritas e, segundo a associação, “atraíam e promoviam o intercâmbio de milhares de vídeos e fotos (27.894 fotos pedófilas e 1.617 vídeos), assim como notícias sobre o intercâmbio de crianças. As crianças envolvidas eram milhares”.

Os voluntários que auxiliam o padre Di Noto descobriram, segundo o próprio sacerdote explica, “um universo que não é virtual, mas real, no qual as pessoas podiam inscrever-se e trocar material pornográfico de crianças (fotos, vídeos, fitas com crianças) com toda tranquilidade, através de uma das redes sociais mais conhecidas dos Estados Unidos”. “Material que os investigadores italianos e norte-americanos qualificam como um autêntico horror, com recém-nascidos e crianças em tenra idade, que são objeto de abusos e violência”, acrescenta a associação.

O resultado do trabalho de seis meses da associação foi entregue ao departamento de polícia italiano encarregado dos delitos cometidos na internet nesse país, que por sua vez transmitiu as denúncias às autoridades norte-americanas.

Pe. Fortunato Di Noto, pároco de Avola (Siracusa), reconhece: “é impressionante e impossível descrever o que em seis meses vimos e denunciamos. O acompanhamento constante levou a resultados inesperados e hoje temos mais confiança que nunca de que a pederastia a pedofilia on-line, crime contra as crianças e contra a humanidade, podem e devem ser derrotadas”.

O sacerdote acrescenta: “não há nação que não tenha ficado envolvida. Dezenas de milhares de pessoas produzem, trocam, possuem material e violam crianças. Material não ‘virtual’ –insiste–, mas real, tão real que quando se escutam nos vídeos os gritos de dor das crianças, quando se vêem nas fotos os rostos dos recém-nascidos, pode-se escutar o drama, a dor, o sofrimento”.

As redes sociais na internet provocaram uma mudança nas estratégias dos pedófilos. Di Noto afirma que “a rede social é uma arma de duplo fio em questões de pedofilia: por um lado, permite aos pedófilos comunicarem-se e, em certo sentido, aumenta suas possibilidades; por outro lado, é o instrumento mais eficaz para as forças de segurança encontrá-los e desconectar seus sites”.

O presbítero revela que em cinco anos sua associação assinalou às autoridades 1.064 denúncias de quase seis mil sites. Por esse motivo, o sacerdote lança um chamado em particular aos jornalistas: “ajudem-nos a não baixar a guarda perante este crime”, informando sobre este fenômeno para que não só as autoridades mas também os legisladores possam dar uma resposta adequada ao terrível sofrimento destas crianças.

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